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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Estrela-do-Mar



Estrela do mar Almofadada (Oreaster reticulatus)


As estrelas-do-mar podem ser encontradas em quase toda costa dos mares do mundo inteiro, principalmente em praias rochosas e ao redor de pilares de portos. Seu corpo pode ser liso, granuloso ou com espinhos, além de ser duro e rígido devido ao seu endoesqueleto. Apesar disso, o animal consegue dobrar-se e girar os braços quando se movimenta ou quando seu corpo se encontra em espaços irregulares, entre rochas e outros abrigos. Várias espécies vivem desde as linhas de maré até profundidades consideráveis, na areia ou no lodo. Seu corpo consiste em um dico central e cinco raios (braços) afilados, tendo uma simetria pentarradiada.

Estes animais podem ter entre alguns centímetros e um metro de diâmetro (Pycnopodia). Na superfície superior de algumas espécies há espinhos calcários, os quais fazem parte do esqueleto. A respiração é feita através de trocas gasosas pelos pés ambulacrários. Brânquias dérmicas (pápulas) pequenas e moles projetam-se da cavidade do corpo entre os espinhos para a respiração e excreção. Ao redor dos espinhos e das pápulas há pedicelárias em forma de pinça, que mantém a superfície do corpo limpa e auxilia na captura do alimento.

                                                                                      Estrela-do-mar Vermelha (Echinaster sepositus)

A estrela-do-mar não possui lanterna de Aristóteles (aparelho semelhante a uma rádula com cinco dentes calcários, presente no ouriço-do-mar) e por isso não podem mastigar os alimentos. Para se alimentar lançam o estômago pela boca. É dotada de sistema digestivo completo, o ânus é uma abertura pequena próxima ao centro da superfície superior e nas proximidades da placa madreporita, que atua como um captador de água, necessária para o funcionamento do sistema ambulacral ou sistema hidrovascular . A boca está no centro da superfície inferior, ou oral. Estes animais movem-se usando a retração e a distensão de seus pés ambulacrários. Um sulco ambulacrário mediano, orlado de espinhos, estende-se ao longo da superfície inferior de cada braço e dele aparecem muitos pés ambulacrário. Na ponta de cada braço há um tentáculo táctil e uma mancha ocelar sensível à luz.

Curiosidades:

- As estrelas-do mar não possuem cérebro, o seu sistema nervoso é ventral e ganglionar
- Existem cerca de 1.800 tipos de estrelas-do-mar conhecidas
- A semelhança entre o homem e a estrela-do-mar é que ambos são deuterostomados, ou seja, o blastóporo (abertura que serve de comunicação na fase embrionária, pondo em contato a a cavidade digestiva com o meio externo) da origem ao ânus, e não à boca como os protostomados.
- Quando as estrelas-do-mar quebram um braço, elas conseguem regenerar um outro criando até uma nova estrela-do-mar ou um braço mais resistente. característica que está presente tem todos os equinodermos

Alimentação: Alimentam-se de moluscos, crustáceos e vermes tubícolas. Algumas alimentam-se de matéria orgânica em suspensão. Animais pequenos e ativos, até mesmo peixe podem ser capturados pelos pés ambulacrários e pedicelárias e levados à boca. São conhecidas pelo seu apetite e pela sua estratégias de alimentação. As espécies carnivoras predam sobre esponjas, bivalves, caranguejos, corais, poliquetas e outros equinodermos. Algumas são necrófagas, alimentando-se de peixes e invertebrados mortos, outras ainda são detríticas alimentando-se de partículas em suspensão.

                                                                                                          Estrela-do-mar (Narcissia trigonaria) 
                                                                                                                        Ameaçada de extinção                                                                                                              
A eversão ou desenvaginação do estômago durante o processo alimentar é característico das estrelas carnívoras: No caso dos bivalves, a estrela-do-mar coloca-se sobre a presa e com a força dos seus braços e dos seus pés ambulacrários exerce uma pressão crescente sobre as valvas do bivalve cujo músculo adutor ao fim de algum tempo se cansa e relaxa. Essa força exercida pela estrela para abrir a concha do bivalve pode atingir 1,3kg

Com uma abertura minima de 0,1mm a estrela everte seu estômago para o espaço criado pela abertura das valvas, que então envolve as partes moles do corpo do bivalve e inicia a inicia a digestão propriamente dita. Após a alimentação o estômago é recolhido por contração e relaxamento dos músculos do corpo.

Reprodução: Óvulos e espermatozoides são lançados na água, onde ocorre a fecundação externa. A clivagem é rápida, total, igual e indeterminada. A larva originada possui simetria bilateral e sofrerá no processo de seu desenvolvimento a metamorfose mais complicada para se transformar num adulto de simetria pentarradial

Algumas estrelas têm a capacidade de se reproduzirem assexuadamente por fissão, um processo de divisão do corpo que resulta em novos indivíduos completos e funcionais geneticamente semelhantes à estrela-mãe. Essa reprodução ocorre quando uma estrela se fragmenta, voluntariamente ou não, perdendo um dos seus braços com cerca de 1/5 do disco central. A estrela-mãe regenera o braço perdido e o braço perdido tem a capacidade de regenerar uma nova estrela-do mar



   Estrela-do-mar Cometa (Linckia guildingii)
                   Ameaçada de extinção
A importância ecológica das estrelas-do-mar, é bastante considerável devido ao seu papel de predador de topo de cadeia alimentar: Se dizimadas, podem alterar a composição das espécies de uma zona intertidal ou de qualquer nicho ecológico, podendo provocar sérios danos em recifes de coral

Ameaças: A importância econômica das estrelas-do-mar é considerável, principalmente pelos prejuízos provocados pela voracidade destes animais que são considerados pragas na ostricultura e nas culturas de outros bivalves, sendo necessário sua remoção manual para evitar prejuízos elevados. Em determinados países, por exemplo na Dinamarca, faz-se o aproveitamento das estrelas removidas para ração animal de aves

Outro aspecto econômico das estrelas é a sua comercialização como adornos ou como material biológico para instituições de ensino. Esta prática resultou num drástico declínio de algumas espécies. Em inúmeros países existem muitas espécies de estrelas-do-mar ameaçadas de extinção devido à sobre-exploração dos estoques principalmente devido à apanha para o mercado de adornos ou para mercado de aquariofilia. Nesses países como por exemplo no brasil, a apanha dessas espécies é atualmente proibida. A poluição e destruição do habitat também contribuem para a dizimação de algumas espécies

                                         
                                     

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Polvo Dumbo

                        
O polvo do gênero Grimpoteuthis é composto por cerca de 17 espécies pouco conhecidas. Todos os polvos deste gênero são apelidados de "polvos dumbo", devido às a aletas-orelhas que se projetam dos lados de seus mantos logo acima dos olhos que lembram as orelhas de elefante do personagem da Disney, Dumbo.


Os Grimpoteuthis fazem parte da subordem Cirrina. Os cirrates diferem de outros polvos em geral por terem abandonado a propulsão a jato, contando com suas barbatanas como seu principal modo de locomoção. Seus doi grande aletas também são suportados por uma concha interna (outro aspecto que difere de outros polvos, que geralmente não têm conchas de qualquer tipo). Suas  armas são palmados, muitas vezes com suas correias atingindo até as pontas de seus braços. Ventosas estão presentes em uma única linha ao longo do comprimento de cada braço, bem como cirros (papilas carnudas ou mamilo-estruturas semelhantes ao longo das bordas inferiores dos braços) geralmente dois por ventosas. Sacos de tintas e flaps anal estão geralmente ausentes nesses animais. Sacos de tinta são orgãos compostos por uma glândula que secreta tinta, um saco que armazena a tinta, e um duto que conecta ao reto, onde é expelido. Esse saco geralmente aparece do lado de fora, embora possa ser coberto por um tecido prateado em algumas espécies.


As 17 espécies atualmente conhecidas de polvos dumbo saõ:


- Grimpoteuthis abyssicola                                      - Grimpoteuthis innominata
Grimpoteuthis albatrossi                                        - Grimpoteuthis meangensis 
Grimpoteuthis bathynectes                                    - Grimpoteuthis megaptera 
Grimpoteuthis boylei                                              - Grimpoteuthis pacifica
Grimpoteuthis bruuni                                              - Grimpoteuthis plena
Grimpoteuthis challengeri                                      - Grimpoteuthis tuftsi
Grimpoteuthis discoveryi                                       - Grimpoteuthis umbellata
Grimpoteuthis hippocrepium                                 - Grimpoteuthis wuelker


Os Grimpoteuthis são da familia Opisthoteuthidae (polvos guarda-chuva) e podem crescer até cerca de 20 cm de comprimento. Espécies da familia Opisthoteuthidae tem otários sem dentes como estruturas. Sua rádula tende a ser reduzida ou ausente e seus olhos são muito mais desenvolvidos.


Os Polvos dumbo são criaturas bentônicas, vivendo basicamente no fundo oceânico em profundidades de cerca de 3.000 a 4.000 metros de profundidade (a profundidade oceânica média é de 3.790 metros). Algumas espécies alternam entre pousados no fundo oceânicos e flutuando acime dele. Outras são conhecidas por serem completamente pelágicas


Quatro modos de locomoção ativa têm sido observadas em polvos dumbo: take off, natação fin, bombeamento e um modo passivo chamado guarda-chuva de estilo drifting. Natação fin é o modo de locomoção mais frequentemente observada, onde eles usam suas nadadeiras para passar pela água. Grimpoteuthis é conhecido por ter flutuabilidade neutra, que permite que o animal fique á deriva passivamente com suas aletas expandidas. O modo take off é uma contração súbita e única da corôa branquial (braços e tentáculos ao redor da boca). Bombeamento é um modo de locomoção lenta que envolve ondas peristálticas, que são contrações simétricas dos músculos, em sua forma primária.


Habitat: Acredita-se que existem espécies desta família nas profundezas de todos os oceanos do mundo. Determinadas espécies foram encontradas nas águas que circundam a Nova Zelandia, Austrália, Monterrey Bay, Oregon, Filipinas, Vinhedo de Martha, Papua, Nova Guiné e dos Açores.


Alimentação: Pouco se sabe sobre o comportamento alimentar e hábitos do Grimpoteuthis. Acredita que alimenta-se de larvas, bivalves (moluscos que apresentam concha com duas peças fechadas por músculos fortes, exemplos: mexilhão e ostra), copépodes (microcrustáceos que chegam no máximo a 5mm) e crustáceos


Reprodução: Pouco se saber sobre a reprodução do Grimpoteuthis. Do trato reprodutivo masculino apresenta uma variação considerável entre as espécies e, portanto, há uma confusão significativa na identificação de certas partes.


Na família Opisthoteuthidae, da qual o Grimpoteuthis faz parte, um hectocotylus está ausente, mas algumas espécies apresentam outras formas de modificação sexual, sendo ventosas alargadas a modificação mais comum. Os espermatófaros de polvos nesta família perderam seus aparelhos ejaculatório. Os pacotes de esperma são transferidos para a fêmea pela cavidade do manto. Os ovos desta família são muito grandes, e cobertos com um revestimento resistente, que é secretado pela glândula oviducal e endurece na água do mar. Os ovos são individualmente colocados diretamente no fundo do oceano, na parte inferior das pedras ou conchas. Os ovários desses polvos podem conter ovos em diferentes estágios, o que implica que se reproduzam continuamente em vez de ter uma estação de monta distintas

Polvos dumbo, Grimpoteuthis, ainda não são conhecidos para estar sob qualquer ameaça e não são perigosos para os seres humanos









sábado, 21 de janeiro de 2012

Chocos Flamboyant

(Metasepia pfefferi)














É uma espécie de choco que ocorre na região tropical do Indo-Pacífico nas águas ao largo do norte da Austrália, sul da Nova Guiné, bem como numerosas ilhas Filipinas, Indonésia e Malásia. O M. pfefferi é uma espécie de aparência robusta. Seus braços são largos e dispostos em quatro fileiras, com um par de braço mais curto do que o resto. As membranas protetoras são estreitas em ambos os sexos. O braço modificado usado pelos machos para fertilização, o chamado hectocotylus é confirmado no braço esquerdo ventral. A superfície oral da região modificada do hectocotylus é grande, inchada e carnuda. A superfície de suporte de ventosa dos clubes tentacular é achatado, com 5 ou 6 ventosas dispostas em linhas transversais. Essas ventosas diferem muito em tamanho, com o maior localizado perto do centro do clube. De três a quatro ventosas mediana são especialmente grandes, ocupando a maior parte da porção média do clube. A quilha de natação do clube se estende consideravelmente perto do carpo. As membranas dorsal e ventral diferem em comprimento e estendem perto do carpo no engaço. A membrana dorsal forma uma fenda rasa na junção com o caule.

Esta espécie particular de choco é o único conhecido que caminha sobre o chão do mar. Devido ao pequeno tamanho de sua cuttlebone (osso de choco ou apenas choco, é uma dura e frágil estrutura encontrada em todos os membros da família Sepiidae), ele pode flutuar apenas por um curto período de tempo .

A espécie cresce 8 centímetros de manto (a parte de trás da cabeça), embora outros dão um comprimento do manto máximo de 6 cm. A superfície dorsal do manto tem três pares de grandes planos flap-like (papilas carnudas) que também estão presentes sobre os olhos. O cuttlebone dessa espécie é pequena, de dois terços a três quartos do comprimento do manto. A característica do gênero Metasepia, o cuttlebone é romboidal em linhas gerais. A superfície dorsal do cuttlebone é amarelada e uniformemente convexa e uma fina película de quitina cobre toda sua superfície dorsal .



Habitat: O M. pfefferi é encontrado em fundos arenosos e lodo em águas rasas com profundidades de 3 a 86 metros. A espécie é ativa durante o dia podendo ser observada caçando peixes e crustáceos empregando complexas e variadas formas de camuflagem para perseguir sua presa. A cor base normal desta espécie é castanho-escuro. Indivíduos que são perturbados ou atacados rapidamente mudam de cor para um padrão de preto, marrom escuro e branco com manchas amarelas ao redor do manto, braços e olhos. Os braços frequentemente exibem coloração vermelho brilhante para afastar possíveis predadores. A carne deste choco é venenosa, contendo uma toxina única

Alimentação: Peixes e crustáceos

Reprodução: A cópula ocorre cara-a-cara, com o macho a inserção de um pacote de esperma em uma bolsa na parte de baixo do manto da fêmea. A fêmea então fertiliza seus ovos com o esperma. Os ovos são depositados individualmente e colocados pela fêmea em fendas ou bordas de coral, pedra ou madeira. Os ovos são brancos, mas lentamente translúcida com o tempo, tornando o choco em desenvolvimento claramente visível. Desde o nascimento, o juvenil M. pfefferi padrões de camuflagem igual aos adultos

Um relatório de toxicologia foi encontrado e confirmou que o tecido muscular do Chocos Flamboyant é altamente tóxico. Estudos mostraram que a toxina pode ser tão letal quanto a do companheiro cefalópode o Polvo de Anéis Azuis.
O M. pfefferi não representa nenhum interessa para a pesca como alimento pela razão acima.





Medusas Lua

(Aurelia aurita)




Medusas lua variam entre 5 e 40 cm de diâmetro. Elas podem ser reconhecidas por sua coloração delicada e requintada, muitas vezes nos padrões de manchas e estrias. Seu comportamento depende de uma série de condições externas, em particular no fornecimento de alimento. A Aurelia nada através de pulsações da parte superior do animal, em forma de sino. A natação, entre suas funções, serve para manter o animal perto da superfície da água ao invés de progredir através dela. Nadam na horizontal, mantendo o sino perto da superfície em todos os momentos. Isso permite que os tentáculos sejam espalhados sobre a maior área possível, facilitando a captura de alimento.
O músculo coronal permite que o animal pulse, a fim de mover-se. Impulsos de contração são enviados por meio de redes nervosas. A medusa lua controla suas pulsações, como a taxa de oxigênio na água diminui, o mesmo acontece com a taxa respiratória das águas vivas


Habitat: Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Índico. A Aurelia aurita são encontradas perto da costa, em águas quentes e tropicais em sua maioria (mas elas podem suportar temperaturas tão baixas quanto  -6 graus Celsius e máxima de 31 graus Celsius). Elas são predominantes em costões e oceanos. Seu habitat inclui águas costeiras de todas as zonas e ocorrem em grande número. São conhecidas por viver em águas salobras, com baixa quantidade de sal.
A temperatura ideal para elas é de 9 a 19 graus



Alimentação: A medusa lua é carnívora e se alimenta de zooplâncton. Seus alimentos primários incluem pequenos organismos do plâncton tais como moluscos, crustáceos, larvas de peixes, copépodos, rotíferos, nematóides, poliquetas jovens, protozoários, diatomáceas e ovos. Elas também foram observadas se alimentando de hydromedusas pequenas e ctenóforos. Os alimentos são coletados principalmente sobre a superfície do animal, onde se vê envolvida em muco, os itens alimentares são então passados para as margens pela ação flagelar. Eles então mudam-se novamente pelas correntes flagelar, juntando-se a oito canais separados, que são únicas para essa espécie de água viva. Esses canais se ramificam e correm para o estômago


Reprodução: A maturidade sexual da Aurelia aurita ocorre comumente na primavera e no verão. Seus ovos se desenvolvem em gônadas localizadas em bolsões dos braços orais. Suas gônadas são comumente a parte mais reconhecível do animal, por causa de sua coloração profunda e visível. Suas gônadas estão perto do fundo do estômago. Machos e fêmeas são distintos e a reprodução é sexual


                                         



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Polvo de Anéis Azuis












(Hapalochlaena maculosa)


Há pelo menos 10 espécies de pequenos polvos de anéis azuis, que, ironicamente para o seu tamanho, são as mais mortais de todos os cefalópodes. Dois exemplos bem conhecidos são: o menor polvo de anéis azuis, o hapalochlaena maculosa e o maior polvo de anéis azuis, o Hapalochlaena lunulata . O nome comum vem dos anéis azuis brilhantes que aparecem quando eles estão alarmados
Quando alarmados, exibem seus anéis azuis (que geralmente medem menos de 2mm de diâmetro. Atingem apenas 12 cm de comprimento. A superfície (superior) dorsal de seu manto geralmente tem uma aparência áspera coberta por numerosas rugas irregulares arranjadas. Enquanto descansa, a cor de fundo é um cinza uniforme ao bege, com grandes manchas marrons ou máculas - daí o nome H. maculosa. Em seu manto dorsal, 10 máculas formam um padrão de divisas castanho. Todos os oito braços são marcado com aproximadamente 10 espaçadas manchas uniformemente marrons que formam bandas executando as suas armar. Seus azuis geralmente não são visíveis no animal em repouso. Quando o polvo é agitado, as manchas marrom escurecem drasticamente, e iridescentes anéis azuis ou aglomerados de anéis aparecem e pulsam dentro das máculas. Aproximadamente de 50 a 60 anéis azuis cobrem a superfície dorsal e lateral de seu manto

O maior polvo de anéis azuis, o Hapalochlaena lunulata, é ligeiramente maior que o H. maculosa. Sua superfície é coberta frequentemente com inúmeras papilas dando-lhe uma textura áspera. Grandes anéis azuis iridescentes cobrem a superfície de seu manto. Os anéis são de até 8mm de diâmetro e números menores que 25. Existe uma curta linha horizontal azul iridescente que corre através de seus olhos. Quando em repouso, fracos e magros anéis azuis são geralmente visíveis. Enquanto descansa adquire uma cor marrom pálida ao amarelo, dependendo de seus arredores; Porém quando alarmado, o polvo exibe brilhantes anéis azuis em todo seu corpo.
O H. lunulata carrega veneno suficiente para matar 26 humanos adultos em poucos minutos













(Hapalochlaena lunulata)


Polvos de anéis azuis, como o H. maculosa e H. lunulata, mostram seus anéis azuis como um aviso quando ameaçado. Eles não são agressivos e tendem a evitar o confronto pelo achatamento do corpo e se camuflando à sua volta. Seres humanos só foram ferido quando o polvo foi provocado ou pisados.
Quando a ameaça é inevitável, os polvos ejetam um veneno neuromuscular que contem maculotoxin e tetrodotoxina que causa paralisia. Este veneno é fatal e mais potente que qualquer veneno encontrado em animais terrestres. Vitimas humanas podem ser salvas se a respiração artificial começar rapidamente, mas não há antidoto conhecido e o único tratamento é a massagem cardíaca e a respiração artificial em curso até que o veneno se dissipe (geralmente em 24 horas, sem efeitos nocivos)

Os sintomas incluem: Náuseas, perda de visão e cegueira, perda de sentidos, perda de habilidades motoras e parada respiratória .

Habitat: O polvo de anéis azuis H. maculosa só pode ser encontrado nas águas temperadas do sul da Austrália em profundidades que variam de 0 a 50 metros. O H. lunulata podem ser encontrados em recifes rasos e poças de maré do norte da Austrália ao japão, incluindo Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Filipinas e Indonésia e tão longe como Sri Lanka em profundidades que variam de 0 a 20 metros

Alimentação: Os polvos de anéis azuis se alimentam de pequenos e grandes caranguejos e camarões caçando durante o dia. Dois tipos de venenos são secretados por duas glândulas separadas. Um dos venenos é usado para a caça de caranguejo e camarão, o outro, que é extremamente tóxico, é usado como auto-defesa contra predadores. Os venenos são secretados na saliva do polvo, mas o mecanismo de envenenamento da sua vítima não é bem compreendida. Ou o veneno é expelido na saliva dentro da água ou o polvo morde sua presa ou predador. Uma vez que a presa está morta, o polvo começa a consumi-la


Reprodução: O ritual de acasalamento do polvo de anéis azul começa quando o macho se aproxima de uma fêmea e começa a acaricia-la com seu braço modificado, o hectocotylus. Os machos, em seguida sobem em volta das fêmeas engolindo completamente seu manto e obstruindo a visão da parceira. O hectocotylus é inserido sob o manto da fêmea e espermatozóides são liberados em seu oviduto. Ela então deposita entre 5 e 10 ovos que serão protegidos sob seus tentáculos até que choquem cerca de 50 dias depois em larvas planctônicas. A fêmea então morre pois é incapaz de comer enquanto protege seus ovos. Os polvos de anéis azuis é aproximadamente do tamanho de uma ervilha quando eclodem e crescem para atingir o tamanho de uma bola de golfe como adulto. Amadurecem rapidamente e começam o acasalamento no outono seguinte. Os machos morrem após o acasalamento. Polvos e lulas têm uma vida curta de cerca de 2 anos




                                                                         

Raia Prego












(Dasyatis centroura)




É um peixe cartilaginoso com corpo achatado em forma de pipa, com focinho pouco projetado, dorso com grandes tubérculos em forma de placas dispostos irregularmente ao corpo da linha mediana dorsal. Coloração do dorso pardo-olivácea uniforme e superfície ventral mais clara. Pode atingir até 2m de disco e pesar 400kg. É uma espécie peçonhenta, porém quando não molestada é inofensiva

Habitat: Fundos arenosos e limosos, em profundidades de 15 a 50m

Ocorrência: Todo o litoral brasileiro



Hábitos: Normalmente vivem solitárias, deitadas junto ao fundo, com corpos parcialmente enterrads na areia, onde permanecem à caça de suas presas.

Alimentação: Se alimenta de peixes, crustáceos e moluscos

Reprodução: São ovovivíparos com gestação de aproximadamente 4 meses, produzindo de 2 a 4 crias no outono ou inverno. As crias nascem com 34 a 36cm de largura de disco

Predadores Naturais: Tubarões

Ameaças: Poluição, destruição do habitat e pesca predatória


                                                                     

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Trilha

(Mullus argentinae)










Possui corpo fusiforme, curto, comprimido. Escamas relativamente grandes, com borda posterior lobulada, facilmente desprendível. Linha lateral iniciando sobre o angulo superior do opérculo, percorrendo o corpo pela linha mediana do flanco, seguindo o perfil dorsal, até ao menos o início do pedúnculo caudal. Cabeça trapezoidal. Boca praticamente inferior e pequena. Por debaixo da boca existe uma barbicha dupla de comprimento maior que a metade da cabeça. Narinas pequenas, situadas abaixo dos olhos. Duas nadadeiras dorsais, sendo a anterior espinhosa, a caudal aforquilhada, anal curta de forma muito semelhante a segunda dorsal. A coloração pode variar rapidamente no processo de mimetismo. Carne de alta qualidade bastante valorizada na Europa. Atinge 25cm de comprimento.


Habitai: Demersal-bentônico costeiro em profundidades de até 50m


Ocorrência: Regiões sudeste e sul do Brasil






Hábitos: Vive em grandes cardumes


Alimentação: Se alimenta de crustáceos e outros invertebrados


Ameaça: Poluição, destruição do habitat e pesca predatória

Lesma do Mar

  (Aplysia dactylomela)                                                
Também conhecidas como Lebres-do-mar as Aplysias apresentam brânquias na parte posterior do corpo. Têm cabeça bem desenvolvida, provida de um ou dois pares de tentáculos. Podem apresentar uma concha interna e uma cavidade posterior reduzida, onde se encontram as brânquias (cavidade Paleal) ou não apresentar concha nem cavidade paleal, tendo as brânquias expostas. Tem simetria bilateral e tamanho próximo a 15cm de comprimento apresenta cabeça com dois pares de tentáculos. Sua cor é amarelo-esverdeada com manchas negras esparsas. A concha desta espécie apresenta tamanho reduzido e não é visível externamente pois é encoberta por uma dobra delgada da epiderme, denominada manto

Habitat: Mares

Ocorrência: No Brasil ocorre de Fortaleza a São Paulo



Hábitos: Moluscos marinhos adaptados à vida em todos os tipos de fundos ou na massa d'água. Bentônica, ou seja, vive associada ao substrato onde rasteja, mas também pode nadar com projeções do pé (parapódios). Na época de desova são encontrada na zona entre-marés, associadas com algas marinhas, que lhe serve de proteção e alimento. São animais lentos e de fácil captura mas, em situação de ameaça, a Aplysia libera uma secreção colorida quando um inimigo, como a lagosta, se aproxima. Ao perceber a secreção, o inimigo perde repentinamente o interesse pela presa. Passa a examinar o chão ou a limpar suas antenas - enquanto a lesma se distancia. A secreção afeta os receptores olfativos dos crustáceos: o perfume da Aplysia imita o do camarão, alimento preferido das lagostas. Segundo os pesquisadores, trata-se de um caso de "fagomimetismo", processo em que uma presa imita outro animal ainda mais apetitoso para o seu caçador.

Alimentação: É herbívora, alimentando-se de algas, sobretudo do gênero Ulva (alface-do-mar)

Reprodução: São hermafroditas e sua cópula promove troca mútua de espermatozóides. Os ovos são depositados dentro de cordões gelatinosos amarelos, que ficam presos entre as algas ou em outro substrato e o desenvolvimento é direto

Ameaças: Poluição e destruição do habitat



Sirí Azul












(Callinectes sapidus)  


É um dos maiores sirís do litoral brasileiro chegando a ter mais de 15cm de envergadura. A fêmea é menor do que o macho. O último par de patas locomotoras é modificado, funcionando como remos. A quela pode pinçar com muita rapidez, causando pequenos ferimentos. A fêmea apresenta abdômen largo e arredondado, cujos apêndices são usados para carregar os ovos quando está ovígera


Habitat: Habita praias lodosas, tanto rasas como profundas e pode subir pelos riachos que desembocam no mar, sendo abundante ocorrência em água salobra


Ocorrência: Ocorre em todo litoral do Brasil






Alimentação: detritos


Reprodução: A fêmea, na época da eclosão dos ovos retorna ao mar para que as larvas se desenvolvam. Possui duas fases em seu ciclo de vida: uma marinha (fase pelágica) onde os ovos eclodem e os organismos se desenvolvem para o estágio de zoea, permanecendo em águas marinhas até o estágio de megalopa quando quando então migram para águas estuarinas em busca de proteção e salinidades mais baixas. É na região estuarina onde as megalopas recrutam (fase bentônica) e se desenvolvem para os primeiros estágios juvenis. Após sucessivas mudas, os animais se tornam adultos e aptos à cópula que ocorrerá em águas estuarinas. A cópula é estimulada através de uma mudança na salinidade. Após a cópula, as fêmeas fertilizadas migram para regiões de maior salinidade. As fêmeas então liberam os ovos


Ameaças: Pesca predatória, destruição do habitat e poluição




                                                                         



Ermitão

(Clibanarius vittatus)






Também conhecido como caranguejo eremita ou paguru, é um crustáceos marinho de coloração marrom escura desprovido de carapaça no abdômen. Se utiliza de concha de moluscos que já morreram para se abrigar. O crustáceos carrega este escudo nas costas por toda a sua vida, e é obrigado a procurar um novo e maior periodicamente conforme vai crescendo (pode chegar a medir até 40cm de comprimento), assim como outra anêmona que lhe serve de proteção. E assim o ermitão vai crescendo e migrando para profundidades mais fundas, de 20 a 40 metros. Próximos às praias só se encontram ermitões ainda jovens. 


Reprodução: Se reproduz durante o ano inteiro, com postura de 10.000 a 15.000 ovos
Habitat: Fundo dos mares


Ocorrência: Ocorre em todo o litoral do Brasil


Hábitos: Vive junto de rochas e arrasta uma concha onde se abriga. Fora da concha ele fica vulnerável, pois seu abdômen é desprovido de carapaça. Quando a concha em que se refugia fica pequena, ele procura outra maior e chega a matar o molusco do qual quer a concha. Chegam a retirar as actínias (anêmonas) fixas em rochas e as alojam sobre a concha que lhes serve de proteção. A actínia protege o ermitão com suas células urticantes, que afastam os predadores, tendo em troca a vantagem de ser deslocada junto com o crustáceos, ampliando assim seu campo de ação além de receber as sobras de alimento. O ermitão desfaz em pedaços os peixes e outros alimentos, com isso os pedacinhos que ficam flutuando por perto são capturados pelas anêmonas


Alimentação: Se alimenta de animais em decomposição, plâncton, outros crustáceos e pequenos peixes
Ameaças: Poluição




                                                                   



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Borboleta Listrado

(Chaetodon striatus)


Possui corpo bastante alto, ovalado e achatado. Focinho pequeno, pontudo e boca pequena. Olhos relativamente grandes. Corpo amarelado e/ou esbranquiçado com faixas escuras mais ou menos verticais e de diferentes espessuras, passando a primeira mais escura pelos olhos. As nadadeiras dorsal, caudal e anal possuem uma faixa escura, seguida por uma linha branca e a margem amarelada. Pélvicas enegrecidas. Linha lateral arqueada. Nadadeira caudal truncada, levemente arredondada. Possui escamas ctenóides. Em média medem de 10 a 15 cm de comprimento, podendo chegar a até 20 cm


Habitat: espécie costeira de águas rasas de 3 a 35 metros de profundidade que vive em fundos coralíneos rochosos e/ou arenosos


Ocorrência: Ocorre em todo o Litoral brasileiro






Hábitos: Podem ser encontrados solitários, aos pares e em pequenos grupos nadando entre as pedras do fundo


Reprodução: Ovíparos são encontrados normalmente aos pares e acredita-se que sejam monogâmicos, ou seja, vivem com o mesmo parceiro por toda a vida



Alimentação: Alimentam-se principalmente de pólipos de coral, anêmonas e pequenos invertebrados.


Ameaças: Destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo






                                                                     

Parati





(Mugil Curema)


É um peixe de escamas apreciados e muito conhecidos. Corpo cilíndrico anteriormente e comprimido na parte posterior. Coloração cinza a prateada e dorso mais escuro com boca pequena superior, triangular se vista de frente. Duas nadadeiras bem separadas, e primeira com quatro espinhos, a segunda com um espinho e de 7 a 8 raios. A anal tem três espinhos e de 8 a 9 raios. Escamas moderadas a grandes, linha lateral ausente. Olho parcialmente coberto por membrana adiposa, bem desenvolvida nos adultos. A nadadeira peitoral não chega à origem da primeira dorsal e esta  tem origem a meio caminho entre a ponta do focinho e a base da caudal. Muitas vezes têm duas manchas bronzeadas, indistintas, no flanco. As suas nadadeiras são amareladas. Atinge cerca de 45 cm de comprimento e pesa de 0,5 kg a 1kg


Habitat: É uma espécie costeira de águas rasas, nadando perto da superfície, nas áreas de recifes, praias, em água salobra de estuários de rios e lagoas litorâneas e também em águas salgadas


Ocorrência: Em todo litoral brasileiro


Hábitos: Forma cardumes pequenos


Alimentação: O peixe revira o fundo da areia ou lodo em busca de invertebrados, musgo e microrganismos, seus principais alimentos


Ameaças: Poluição, pesca predatória e destruição do habitat

Sardinha



(Sardinella janeiro)


Pequeno peixe de escamas de coloração prateada. Vive no máximo 4 anos. Sua carne tem três destinos diferentes: uma parte é comercializada fresca, outra é destinada à indústria de enlatados e outra para a fabricação de farinha de peixe. É importante para a economia pesqueira das regiões sudeste e sul onde se localiza a totalidade da indústria conserveira. Pode atingir até 25 cm de comprimento


Habitat: Peixe pelágico costeiro de águas rasas. pode-se encontrar também em estuários e lagoas


Ocorrência: Ocorre em todo Litoral brasileiro






Hábitos: Forma grandes e compactos cardumes junto à superfície


Alimentação: Quando juvenis alimentam-se de fitoplâncton e quando adultos de microrganismos (Zooplâncton)


Reprodução: Inicia-se o processo de maturação em seu primeiro ano de vida com 16 a 17 cm de comprimento. A desova ocorre em três áreas distintas do sudeste e sul do Brasil entre novembro e fevereiro


Predadores Naturais:  Peixes carnívoros maiores e aves marinhas


Ameaças: Seus estoques tem diminuído devido, principalmente à pesca predatória. A poluição e destruição do habitat também são grandes ameaças à espécie


  
                                                                          




                                                                               

Salema

(Anisotremus virginicus)


Possui corpo alto, levemente achatado, caracterizam-se pelas listras longitudinais (6 a 8 listras) alternando o azul com amarelo da cabeça até a barbatana caudal, além de duas barras negras bem demarcadas na cabeça, uma passando da nuca até a boca, passando pelo olho e a outra parte da parte anterior da barbatana dorsal passando pela zona dos opérculos. Nadadeiras amareladas. Preopérculo levemente serrilhado na margem anterior. O segundo espinho da nadadeira anal é bastante desenvolvido. Escamas Ctenóides. Nadadeira caudal Furcada. Os espécimes juvenis apresentam faixas pretas horizontais no corpo e uma mancha preta arredondada na base da nadadeira caudal. Ainda que o seu comprimento médio ronde os 20 a 30 cm, chegam a atingir 40cm e 1kg de peso.


Habitat: Ocupa águas com fundos rochosos e recifais entre os 2 e 20m de profundidade


Ocorrência: Ocorre em todo litoral brasileiro






Hábitos: Vivem em pequenos grupos ou de forma solitária. Emite sons ao variar o volume de ar dentro da bexiga natatória e ao ranger os dentes


Alimentação: Capturam crustáceos, moluscos e outros invertebrados especialmente durante a noite enquanto se escondem entre possíveis esconderijos do meio que habita. Os juvenis alimentam-se de parasitas de peixes maiores


Reprodução: Durante as estações de acasalamento podem formar grandes agregações


Ameaças: Destruição do habitat e poluição




                                                                          



Sargentinho

 
(Abudefduf sacatilis)








É um dos peixes tropicais mais comuns. Corpo levemente oval, achatado, com cinco barras pretas, na vertical, sobre fundo de cor que varia do amarelo-claro ao laranja e ao esverdeado ou mesmo azulado, sendo dorso mais escuro. Devem o seu nome "sargento" às barras que fazem lembrar a insígnia militar correspondente. Medem geralmente de 8 a 15 cm de comprimento, ainda que se reportem espécimes com cerca de 20 cm


Habitat: O fato de tolerar temperaturas que podem atingir os 37 graus, permite encontra-lo em zonas pouco convidativas para a maioria dos outros. Os adultos povoam zonas pouco profundas, como recifes, enquanto que os juvenis são mais comuns entre sargassos  flutuantes.

Ocorrência: Em todo litoral brasileiro




Hábitos: Eles vivem do modo solitário ou em pequenos grupos de 5 a 30 indivíduos. É muito comum observar-se  cardumes de várias centenas de indivíduos adultos a alimentarem-se. Juvenis são encontrados em poças de marés ou topos de recifes rasos. Podem se comportar como peixes limpadores em estações de limpeza, entre seus clientes estão a tartaruga verde e os golfinhos

Alimentação: Alimentam-se de algas, pequenos crustáceos e larvas de invertebrados

Reprodução: O macho é quem guarda os ovos. Para além das típicas 5 listras pretas verticais, uma característica interessante é o fato de na altura da reprodução o macho exibir uma coloração azulada. Na época da reprodução as fêmeas poem os óvulos (ou ovócitos), no fundo rochoso formando uma mancha de cerca de 30 cm de diâmetro que será fecundada pelo esperma do macho. Os ovos têm a particularidade de se fixarem às rochas por meio de filamentos semelhantes a cabelos. As fêmeas abandonam os ovos mas os machos ficam junto da prole, protegendo-a, limpando o local, comendo detritos e fazendo circular a água com as barbatanas de modo a permitir a correta oxigenação dos embriões.

Predadores Naturais: Seus principais predadores pertencem às famílias dos Labridae  e serranidae (Garoupas)


                                                   



Zona Bentônica




A zona bentônica é a região do ambiente marinho situada próximo ao fundo oceânico. A fauna dessa região caracteriza-se por organismos que rastejam, se prendem ou vivem enterrados na areia ou no lodo, o bentos, mas também abriga muitos animais do nécton, como linguados e varias espécies de tubarões













    Raia Bicuda

    Também conhecida como raia manteiga, é um peixe cartilaginoso com o corpo achatado em forma de disco mais angular do que em outras espécies de raias. A cabeça apresenta elevação característica. Possui um aguilhão na cauda sendo uma das espécies peçonhentas do litoral brasileiro. Seu veneno segundo relatos pode até matar um homem. A cauda que pode alcançar comprimentos duas vezes maior que o corpo. Possuem fileiras múltiplas de dentes relativamente uniformes em relação ao tamanho, com exceção dos dentes um tanto menores localizados nos cantos exteriores da boca. As fêmeas e os machos imaturos têm os dentes tetragonais com cantos arredondados. Pode atingir 2m de largura e pesar ate 120kg. A coloração dorsal varia entre o cinzento, ver escuro e o marrom. A coloração ventral é predominantemente branca com a coloração dorsal invadindo frequentemente sobre as bordas do disco na superfície ventral.

    Habitat: Vive em águas rasas, geralmente em áreas coralíneas e arenosas. Embora prefira alta salinidade, pode frequentar ambientes de água salobra e até subir rios. Comuns em bacias e estuários.





    Ocorrência: Ocorre em toda a costa brasileira

    Alimentação: se alimentam de moluscos bivalves, vermes, crustáceos e pequenos peixes

    Hábitos: Espécie bentônica, geralmente encontrada solitária, deitada no fundo e parcialmente coberta de areia. Alimenta-se principalmente a noite. Quando não molestada, é totalmente inofensiva 

    Reprodução: Os machos sexualmente maduros com 50 cm e fêmeas com 75cm. Ciclo reprodutivo bianual. São vivíparos

    Predadores Naturais: Tubarões e outros peixes de grande porte

    Ameaças: Pesca predatória, poluição e destruição do habitat