Pesquise seu animal

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lírios-do-Mar

 Até a metade do século XIIX ainda era muito popular a teoria de que a vida marinha não poderia existir em grandes profundidades, mas ao contrario do que se esperava, foram encontrados uma imensa variedades de organismos ao realizar dragagens profundas, incluindo um curiosos organismo muito parecido com uma flor, tecnicamente conhecido como CRINÓIDE DE PEDÚNCULO. A descoberta causou muita sensação na época, pois os crinóides de pedúnculo eram conhecidos somente por fósseis com milhões de anos e por isso pensava-se que era um grupo de animais já extinto.


 Más além de persistir nas profundezas até os dias de hoje, os crinóides possuem ainda um outro representante de águas rasas, os crinóides-comatulideos ou simplesmente lírios do mar.
Os lírios-do-mar que vivem nos recifes de corais devem seu nome popular aos seus parentes que vivem nas profundezas, estes sim com aparência semelhante a um lírio.


 Os lírios do mar representam uma das cinco classe de criaturas que compõem o filo dos equinodermos, que inclui, estrelas do mar, ouriço do mar, ofiúros e pepinos do mar. Todos os equinodermos têm importantes caracteristicas em comum: Simetria radial, baseada em um corpo com cinco lados; canais internos preenchidos com água que compõem o sistema hidrovascular e com o qual promovem a circulação de nutrientes, gases e a locomoção; e um esqueleto calcário composto por pequenas placas interconectadas ao longo do corpo.


 O Crinóide de pedúnculo possui o corpo em forma de um cálice com pequenos braços em sua borda, apoiado sobre uma estrutura longa em forma de haste, o pedúnculo, com o qual o animal se fixa ao fundo.


 A anatomia dos lírios do mar encontrados nos rasos recifes de corais é basicamente formada por um disco central, composto por placas calcárias, rodeada por longos e flexíveis braços que se estendem deste disco. No lugar do pedúnculo possuem uma série de grossos cílios em forma de gancho que usam para se ancorar junto ao fundo. Pequenos apêndices laterais ao longo dos braços chamados pínulas, são responsáveis pela captura de alimento.


 Os crinóides se diferenciam dos outros equinodermos justamente pela posição de sua boca, localizada na parte de cima do corpo em contraste com as estrelas e ouriços do mar que possuem a boca voltada para baixo. Os lírios do mar se alimentam de plâncton e pequenas partículas orgânicas levadas pela água e capturam o alimento filtrando a água trazida pelas correntes. Pensava-se que os lírios era passivos receptadores de detritos que caem da superfície em direção ao fundo marinho,ou que utilizavam seus braços para capturar ativamente alimento, porém seus braços não servem somente como filtro mas também pra se locomover.


 Quando estão se alimentando os lírios do mar posicionam seus braços a filtrar o máximo possível da água do mar com as inúmera pínulas dispostas de maneira a formar uma estrutura semelhante a uma "rede de pesca" com a qual captura as partículas alimentares e plâncton. Os lírios do mar preferem viver em profundidades intermediárias evitando o batimento das ondas próximas a superfície. É comum encontra-los no topo dos corais, esponjas ou qualquer outro cabeço recifal que os coloquem que os coloquem em local privilegiado para a captura de plâncton mas são particularmente exigentes em relação às condições de correnteza e deslocamento de água.


 Uma correnteza muito forte pode arranca-los de sua base e, por outro lado, um deslocamento de água muito fraco significa um buffet planctônico com poucas opções.




 Uma grande variedade de peixes incluindo cângulos, baiacus, budiões, enxadas e peixes borboleta se alimentam deles. Esses ataques não chegam a ser fatais pois como todos equinodermos, os lírios do mar tem um alto poder de regeneração.


 Outra estratégia utilizada pelos crinóides é o comportamento noturno, mantendo-se escondidos durante o dia e evitando assim os peixes predadores, que normalmente necessitam da luz do sol para localizar suas presas



Nenhum comentário:

Postar um comentário